A Organização Mundial da Saúde (OMS) pediu, em uma recomendação recente, a reclassificação da cannabis em tratados internacionais. Segundo o relatório divulgado pela organização, a cannabis deveria ser retirada da lista de drogas mais perigosas da Convenção sobre Substâncias Psicotrópicas de 1971.
A recomendação da OMS é baseada em uma análise dos estudos científicos mais recentes sobre os efeitos da cannabis. A organização concluiu que a substância apresenta baixo potencial de abuso e baixo risco para a saúde pública, em comparação com outras drogas mais pesadas, como a heroína e a cocaína.
Além disso, a OMS destacou os benefícios terapêuticos da cannabis, que têm sido cada vez mais reconhecidos e utilizados em diversos países. A substância tem comprovado ser eficaz no tratamento de diversas condições de saúde, como epilepsia, dor crônica, esclerose múltipla, entre outras.
A recomendação da OMS vem em um momento em que vários países estão revendo suas políticas de drogas e adotando uma abordagem mais liberal em relação à cannabis. Países como Canadá, Uruguai e vários estados dos Estados Unidos já legalizaram o uso recreativo da substância, enquanto outros países permitem o uso medicinal da cannabis.
A possível reclassificação da cannabis em tratados internacionais seria um passo importante na mudança das políticas globais de drogas. A remoção da cannabis da lista de substâncias mais perigosas facilitaria sua pesquisa, produção e disponibilidade para uso terapêutico, beneficiando milhões de pacientes em todo o mundo.
No entanto, a recomendação da OMS ainda precisa ser aprovada pelos países membros das Nações Unidas, que são signatários dos tratados internacionais de controle de drogas. É importante que os países considerem os benefícios terapêuticos da cannabis e adotem políticas mais flexíveis e baseadas em evidências científicas em relação à substância.
A reclassificação da cannabis em tratados internacionais representaria um avanço significativo na luta contra o preconceito e estigma em relação à substância, além de promover o acesso seguro e legal da cannabis para fins medicinais. Espera-se que os países membros da ONU reconheçam a importância da recomendação da OMS e tomem medidas concretas para promover o uso responsável da cannabis em benefício da saúde pública.